segunda-feira, 5 de abril de 2010

BEM VINDA TODA A COMUNIDADE ESCOLAR WALTER SÁ CAVALCANTE

BEM VINDOS OS PROFESSORES, ALUNOS, GRUPO GESTOR E FUNCIONARIOS DA EEFM WALTER DE SÁ CAVALCANTE.
BOM DESEMPENHO EM 2010.

21 comentários:

  1. esse meu colegio e muito bom ,msprecisa de muita coisa para melohrar como ns alunos no "fundão" REBOLAM MUITOS PAPEIS NOA ALUNOS DA FRENTE ..

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  2. essa escola é demais nunca vou querer deixar de estudar nela nessa escola todos sao legais e divertidos principalmente o diretor elcio q é gente boa e o gleison tambem é gente boa amo todos dessa escola!bjs

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  3. gente amo a escola walter de sá cavalcante foi e sera a melhor escola q ja estudei

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  4. AEW GLR OLHA ESSE VIDEO AEW http://www.youtube.com/watch?v=jYSsd28GjSM"

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  5. ei ma é o matheus do 9°b manhã,
    bota as fotos do pessoal contadores de história ma valeu????

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  6. eeeeeeeeeeeeeeehta má q o colégio ta é rocheda
    wesley

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  7. Vive grandes momentos nesta escola tão querida,com grandes professores e colegas de sala.
    Fui muito bem acolhida por diretores,coordenadores e assistentes administrativos.Tenho ótimas lembranças e belas histórias para contar.
    Meu grande orgulho é dizer que estudei em escola pública durante toda a minha vida estudantil e com muita luta consegui passar na universidade federal do ceará(UFC).Os melhores professores estão aí na escola walter de sá cavalcante.Abraços.

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  8. PROCURA DA POESIA

    Não faças versos sobre acontecimentos.
    Não há criação nem morte perante a poesia.
    Diante dela, a vida é um sol estático,
    não aquece nem ilumina.
    As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.
    Não faças poesia com o corpo,
    esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica.

    Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro
    são indiferentes.
    Nem me reveles teus sentimentos,
    que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem.
    O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.

    Não cantes tua cidade, deixa-a em paz.
    O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas.
    Não é música ouvida de passagem, rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma.

    O canto não é a natureza
    nem os homens em sociedade.
    Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam.
    A poesia (não tires poesia das coisas)
    elide sujeito e objeto.

    Não dramatizes, não invoques,
    não indagues. Não percas tempo em mentir.
    Não te aborreças.
    Teu iate de marfim, teu sapato de diamante,
    vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família
    desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável.

    Não recomponhas
    tua sepultada e merencória infância.
    Não osciles entre o espelho e a
    memória em dissipação.
    Que se dissipou, não era poesia.
    Que se partiu, cristal não era.

    Penetra surdamente no reino das palavras.
    Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
    Estão paralisados, mas não há desespero,
    há calma e frescura na superfície intata.
    Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
    Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
    Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.
    Espera que cada um se realize e consume
    com seu poder de palavra
    e seu poder de silêncio.
    Não forces o poema a desprender-se do limbo.
    Não colhas no chão o poema que se perdeu.
    Não adules o poema. Aceita-o
    como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
    no espaço.

    Chega mais perto e contempla as palavras.
    Cada uma
    tem mil faces secretas sob a face neutra
    e te pergunta, sem interesse pela resposta,
    pobre ou terrível, que lhe deres:
    Trouxeste a chave?

    Repara:
    ermas de melodia e conceito
    elas se refugiaram na noite, as palavras.
    Ainda úmidas e impregnadas de sono,
    rolam num rio difícil e se transformam em desprezo.

    Carlos Drummond de Andrade

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  9. Não faças versos sobre acontecimentos.
    Não há criação nem morte perante a poesia.
    Diante dela, a vida é um sol estático,
    não aquece nem ilumina.
    As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.
    Não faças poesia com o corpo,
    esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica.

    Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro
    são indiferentes.
    Nem me reveles teus sentimentos,
    que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem.
    O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.

    Não cantes tua cidade, deixa-a em paz.
    O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas.
    Não é música ouvida de passagem, rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma.

    O canto não é a natureza
    nem os homens em sociedade.
    Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam.
    A poesia (não tires poesia das coisas)
    elide sujeito e objeto.

    Não dramatizes, não invoques,
    não indagues. Não percas tempo em mentir.
    Não te aborreças.
    Teu iate de marfim, teu sapato de diamante,
    vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família
    desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável.

    Não recomponhas
    tua sepultada e merencória infância.
    Não osciles entre o espelho e a
    memória em dissipação.
    Que se dissipou, não era poesia.
    Que se partiu, cristal não era.

    Penetra surdamente no reino das palavras.
    Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
    Estão paralisados, mas não há desespero,
    há calma e frescura na superfície intata.
    Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
    Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
    Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.
    Espera que cada um se realize e consume
    com seu poder de palavra
    e seu poder de silêncio.
    Não forces o poema a desprender-se do limbo.
    Não colhas no chão o poema que se perdeu.
    Não adules o poema. Aceita-o
    como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
    no espaço.

    Chega mais perto e contempla as palavras.
    Cada uma
    tem mil faces secretas sob a face neutra
    e te pergunta, sem interesse pela resposta,
    pobre ou terrível, que lhe deres:
    Trouxeste a chave?

    Repara:
    ermas de melodia e conceito
    elas se refugiaram na noite, as palavras.
    Ainda úmidas e impregnadas de sono,
    rolam num rio difícil e se transformam em desprezo.

    Carlos Drummond de Andrade

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  10. Carlos, sossegue, o amor
    é isso que você está vendo:
    hoje beija, amanhã não beija,
    depois de amanhã é domingo
    e segunda-feira ninguém sabe
    o que será.

    Inútil você resistir
    ou mesmo suicidar-se.
    Não se mate, oh não se mate,
    reserve-se todo para
    as bodas que ninguém sabe
    quando virão,
    se é que virão.

    O amor, Carlos, você telúrico,
    a noite passou em você,
    e os recalques se sublimando,
    lá dentro um barulho inefável,
    rezas,
    vitrolas,
    santos que se persignam,
    anúncios do melhor sabão,
    barulho que ninguém sabe
    de quê,
    pra quê.

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  11. JOSÉ

    E agora, José?
    A festa acabou,
    a luz apagou,
    o povo sumiu,
    a noite esfriou,
    e agora, José?
    e agora, Você?
    Você que é sem nome,
    que zomba dos outros,
    Você que faz versos,
    que ama, protesta?
    e agora, José?

    Está sem mulher,
    está sem discurso,
    está sem carinho,
    já não pode beber,
    já não pode fumar,
    cuspir já não pode,
    a noite esfriou,
    o dia não veio,
    o bonde não veio,
    o riso não veio,
    não veio a utopia
    e tudo acabou
    e tudo fugiu
    e tudo mofou,
    e agora, José?

    E agora, José?
    sua doce palavra,
    seu instante de febre,
    sua gula e jejum,
    sua biblioteca,
    sua lavra de ouro,
    seu terno de vidro,
    sua incoerência,
    seu ódio, - e agora?

    Com a chave na mão
    quer abrir a porta,
    não existe porta;
    quer morrer no mar,
    mas o mar secou;
    quer ir para Minas,
    Minas não há mais.
    José, e agora?

    Se você gritasse,
    se você gemesse,
    se você tocasse,
    a valsa vienense,
    se você dormisse,
    se você cansasse,
    se você morresse...
    Mas você não morre,
    você é duro, José!

    Sozinho no escuro
    qual bicho-do-mato,
    sem teogonia,
    sem parede nua
    para se encostar,
    sem cavalo preto
    que fuja do galope,
    você marcha, José!
    José, para onde?

    Carlos Drummond de Andrade

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  12. Senhores Professores:

    Ter um Estado organizado que deveria cuidar das pessoas, e contar com alguém é sempre uma incógnita, principalmente, quando esse alguém se torna gigante, distante e míope. Os governos de uma moderna sociedade têm uma dimensão muito própria de se relacionar com o povo que o elegeu. Prometem tudo, não cumprem quase nada. São perdulários, péssimos administradores e ficam bastante zangados quando alguém contesta alguma coisa. O poder ele seduz e escraviza, corrompe e martiriza. Os senhores de hoje, são os mesmos algozes de outrora, que espoliam o fruto de nosso trabalho e nossa liberdade. Os governantes que deveriam ser o senhor das sociedades, são hoje mero figurantes. Estes senhores, que colocamos no poder através de um contrato social, são incapazes de combater o circo de horrores que se tornou a corte de certos governos. Os trabalhadores em geral, frequentemente, são convocados a dar seu sangue para remediar erros estúpidos, cometidos por dirigentes medíocres e seus assessores- a tal da gerência estratégica. Mas o que importa para esses senhores é a continuidade do poder. Nós professores somos tratados como gado na campina: enquanto dormimos, esses vampiros sugam nosso sangue até se empanturrarem. Assim mesmo, como certos animais que enterram a presa abatida para, em ocasiões menos favoráveis, se banquetearem.
    De fatos em fatos o poder local estabelecido nos moldes de hoje perde credibilidade e sustentação quando nega a valorização do magistério. Dão quase nada a educação e, quando o fazem, é de má vontade, tomando o máximo que podem. Acho que a ganância destes governantes é tão grande que até comemoram quando morremos, pois isso, certamente, vai diminuir os custos das aposentadorias e pensões. É o salve-se quem puder, o Killing for a living. (matar ou morrer).
    Acho que diante de tanto descaso com a educação, nós não podemos deixar de acreditar. Construa seu reino e seus castelos, à margem do rio de sua mais legítima esperança. Nunca se deixe seduzir pelo canto das sereias, pelos falsos brilhantes daqueles que lhe oferecem felicidades. Nada é oferecido por acaso nesse mundo.
    Percebe-se que este governo conhece a obra do escritor americano Henry David em sua obra “Walden”, quando diz “nunca se ganha nada sem perder alguma coisa” Nada até aqui foi dado de graça, e o que se conquistou na educação até hoje, foi resultado de muita luta. Devemos nos lembrar da história brotando das conquistas dos nossos mestres em cada canto deste país, em cada grão de areia que se respira. Quando alguém ameaça destruir essa história de conquistas, não chora pelas glórias daqueles que deram seu sangue pela construção de um mundo melhor.
    Como dizia Gabriel, o Pensador:
    “Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!) Até quando vai ficar sem fazer
    nada? Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!) Até quando vai ser saco de
    pancada? Muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente. A gente muda o
    mundo na mudança da mente. E quando a mente muda a gente anda para frente. E quando
    a gente manda ninguém manda na gente. Na mudança de atitude não há mal que não se
    mude nem doença sem cura. Na mudança de postura a gente fica mais seguro, na mudança
    do presente a gente molda o futuro! Até quando você vai levando porrada, até quando vai
    ficar sem fazer nada? Até quando você vai ficar de saco de pancada?Até quando você vai
    levando?” (Gabriel, o Pensador)

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  13. Este comentário foi removido pelo autor.

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  14. Comecei minha vida escolar ai, sinto saudades em especial Dona Venestra, que trabalhou muitos anos na cantina e hoje ainda mora na Cidade dos Funcionários, meus amigos Joacilio, Wandregésilo, Cidrack, Efigênia, dentre outros, inclusive meus irmãos Airton Medeiros e Selma Medeiros, todos estudaram ai.
    Francisco Medeiros

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